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Sódio nos cardápios escolares: Quanto oferecer?

Quanto devemos oferecer de sódio nos cardápios escolares? Compreenda a partir de que idade é recomendado incluir sódio na alimentação das crianças. Ademais, saiba quais as quantidades máximas recomendadas, de acordo com o número de refeições e tempo de permanência nas unidades escolares.

O presente artigo tem como objetivo discorrer acerca da quantidade recomendada de sódio a ser ofertada nos cardápios escolares. Além disso destacaremos a relevância de calcular a quantidade desse micronutriente oferecido aos alunos. É importante salientar que os alimentos possuem naturalmente sódio em sua composição, independentemente da presença de sal, seja em frutas, verduras ou em qualquer outro alimento. Portanto, é desnecessário ofertar sal na comida para crianças com idade inferior a dois anos.

 

Recomendações oficiais

 

A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que o sal não seja adicionado à alimentação de crianças menores de 2 anos. Enquanto o Guia Alimentar para a População Brasileira não traz essa vedação mas coloca que deve ser ofertado o mínimo o possível na alimentação dos bebês. Dessa forma, o ideal seria não oferecer sal nos alimentos para crianças em creches e em fase de introdução alimentar. Considere que a quantidade de sódio presente nos alimentos já suprirão as necessidades nutricionais dessas crianças.

É extremamente importante estar atento ao consumo excessivo de sal e sódio, já que isso pode causar problemas de saúde a longo prazo. No caso das crianças, o consumo excessivo pode sobrecarregar os rins, causar pressão arterial alta e aumentar o risco de doenças cardiovasculares e renais. Isso ocorre porque o corpo da criança precisa trabalhar mais para eliminar o excesso de sódio, o que pode levar a uma sobrecarga renal.

Muitas crianças consomem alimentos processados e ultra processados que contêm grandes quantidades de sódio em sua composição. Essa consumo pode ser prejudicial à saúde delas, causando pré-disposição à doenças citadas acima com consumo de longo prazo. Por isso, é fundamental que os nutricionistas escolares estejam atentos à oferta de sódio na alimentação, desde a introdução alimentar até a vida adulta.

 

Cardápios escolares e quantidades recomendadas

 

Os cardápios escolares precisam ser planejados com orientação adequada, para garantir que a adição de sal esteja adequada para cada faixa etária. É igualmente importante calcular a quantidade de sódio oferecida em cada cardápio escolar, de acordo com a faixa etária das crianças.

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) apresenta em sua resolução mais atual uma recomendação de ingestão de sódio para a faixa etária acima de 3 anos. Tal recomendação está diretamente relacionada ao número de refeições ofertadas diariamente, assim como ao tempo de permanência da criança na unidade escolar. Para o período parcial, com apenas uma refeição, a recomendação é de 600 mg de sódio, equivalente a 1,5 g de sal. Já no período parcial com duas refeições, a recomendação é de 800 mg de sódio, correspondente a 2 g de sal. E para o período integral, com três ou mais refeições, a recomendação é de 1400 mg, que corresponde a 3,5 g de sal.

É importante ressaltar que essa é a recomendação máxima, e não significa que devemos fornecer a quantidade total em nossos cardápios. Devemos limitar a quantidade de sódio diária de acordo com a quantidade de refeições oferecidas em nossa unidade e o tempo de permanência do aluno, priorizando quantidades menores.

Vale lembrar que essas recomendações são aplicáveis à faixa etária acima de 3 anos. Esperamos, prezado(a) nutricionista, que esteja atento(a) a esta questão da oferta de sódio nos cardápios escolares em sua unidade escolar ou município.

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